Os métodos de enxertia por garfagem, numerosos, são adotados em culturas intensivas de plantas que servem para fins comerciais, onde se destacam as fruteiras.
Na preparação desse tipo de enxerto no caso, em se tratando de vieiras), o preparador trabalha sentado de frente para a banca onde as hastes estão depositadas. Feitas a união do cavalo e do garfo, o todo é amarrado com ráfia ou com amarilho de fibra, visando-se a união perfeita dos bordos das cascas. Em seguida junta-se os enxertos em feixes de 50 hastes e coloca-se à sombra, em viveiros, para efeito de enraizamento. Decorrido dois ou três meses, desde que haja brotos, seleciona-se as mudas mais vigorosas para o plantio definitivo e acondiciona-se o restante em plásticos ou em viveiros. É importante que as hastes que servirão de garfo para enxertia tenham duas ou três borbulhas perfeitas. Há também fatores essenciais que devem ser levados em consideração, tais como a prática e a habilidade do operador, o uso de canivetes afiados, a utilização de plantas vigorosas e de borbulhas selecionadas e sadias, e a higiene da operação. Os dias úmidos, chuvosos ou castigados por ventos constantes, são fatores negativos que predispõem o vegetal ao apodrecimento.
Como medida preventiva contra as intempéries, protege-se os enxertos com pasta cerosa ou encapuza-se o todo com plástico ou papel grosso. De tempos em tempos os enxertos serão vistoriados pelo tratador que, paralelamente a outros cuidados, terão que verificar se estão recebendo luz e ar suficientes.
- O aproveitamento do amarilho é indispensável para manter-se firme a firmeza do enxerto sem que haja o perigo de apertos excessivos que estrangulariam a seiva e inutilizariam todo o trabalho.
- A pasta cerosa usada na enxertia é encontrada nas casas especializadas. Em razão da viscosidade desse composto, evita-se deixa-lo exposto ao sol para que não ocorram fendas ou ressecamento.
- Com a prática, um enxertador poderá fazer perto de 100 enxertia por hora.